O exame comparativo entre o DNA de Valderi Ferrari Sarmento, 44 anos, e o recolhido no dia em que uma mulher foi estuprada, em Camobi, em abril, deve ser a peça chave para esclarecer se o suspeito é mesmo o autor dos crimes que vinham ocorrendo na zona leste da cidade.
Sarmento é suspeito de cometer um estupro, roubos e tentativas de estupro em Camobi, mas nega os crimes. Segundo o advogado dele, Marco Luiz de Moura Martins Paines, seu cliente alega ser inocente e, por isso, autorizou coleta de seu sangue para exames periciais.
Sarmento estava foragido desde o último dia 4. Um dia antes, ele foi localizado pela Brigada Militar após ter abordado uma mulher para roubá-la. Ela foi embora sem registrar ocorrência, mas os vizinhos que presenciaram a cena acionaram a Brigada, por isso, ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento. No local, foi reconhecido por outra mulher, a que foi vítima do estupro. Mas ele foi liberado, pois não havia flagrante. No entanto, sua bicicleta cor de laranja foi apreendida. No dia seguinte, a Justiça expediu o mandado de prisão preventiva.
Paines questiona a forma como o reconhecimento foi feito. Segundo ele, a testemunha que identificou Sarmento não tinha certeza se ele realmente cometeu o crime:
_ Está mais do que provado que o reconhecimento feito horas depois não é preciso.
De acordo com a delegada Débora Dias, mais duas vítimas serão chamadas, em data que ainda será definida, para fazerem a identificação do suspeito. Quanto ao exame de DNA, não há prazo para o resultado.
_ No dia em que ele foi levado para a delegacia, as características do crime eram as mesmas que vinham sendo investigadas, por isso a vítima foi chamada e o reconheceu. O advogado está no papel dele de questionar _ diz Débora.